JAIME DA SILVA ARAÚJO - TYRYETÊ KAXINAWÁ

JAIME DA SILVA ARAÚJO - TYRYETÊ KAXINAWÁ
Fundação Tyryetê kaxinawá é um grupo de amigos que tem como finalidade principal trabalhar a consciência ambiental pela participação lúdica de todos, no sentido da influência recíproca homem / meio-ambiente.
Considerando Meio Ambiente como:
TUDO que relaciona o homem à VIDA !
Atuamos em 4 eixos:
Programa ABR - Amigos Brincando e Reciclando
Geração de Renda -
Espaços Sustentáveis -
Acervo artístico e cultural dos povos da floresta
MISSÃO:
Nossa proposta é atender a necessidade de mudança de comportamento recomendada pela UNESCO, no trato da questão ambiental sob as perspectivas cultural, educacional, econômica e psicológica.
VISÃO DE FUTURO:
Pretendemos constituir modelos de atuação no foco do desenvolvimento sustentável, estendendo-se além da área escolar para condomínios, clubes sociais, organizações, etc.

domingo, 27 de novembro de 2011

MASSACRE À POPULAÇÃO INDÍGENA GUARANI KAIOWÁ AMAMBAI/MS


Nisio Gomes, dois dias antes de ser assassinado. Foto: Eliseu Lopes
O cacique Nísio Gomes (no centro da foto acima) foi executado com tiros de calibre 12 e seu corpo foi levado pelos pistoleiros.



Integrante da Força Nacional segura chapéu de Nísio Gomes Foto: Cimi/MS

Prezados Colegas,

Como muitos de vocês já devem ter lido pela internet, a cidade de Amambai-MS vivenciou na noite da última sexta (18/11) mais um caso de massacre à população indígena Guarani kaiowá, como forma de protesto , os alunos indígenas da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) - Unidade de Amambai , incentivados pela professora e antropóloga Aline Crespe , escreveram uma carta contando os detalhes do acontecimento.
A situação em que vive a a população indígena do Mato Grosso do Sul não é nada simples , os casos de violência são muito frequentes e nos remete mesmo a uma situação de extermínio étnico.
Massacre de índios em acampamento em Amambaí .
Ontem pela manhã ao abrir meu e-mail , recebi mais uma triste notícia de uma situação de violência contra um grupo indígena acampado em uma área em letígio e a espera da continuidade do processo de regularização fundiária da terra indígena. O acampanhamento se localiza em Amambaí , sul de Mato Grosso do Sul , a menos de cem quilômetros da fronteira com o Paraguai. O acampamento está localizado em uma pequena parte da parea de ocupação tradicional chamada Guaviry. A área está inserida no conjunto de terras indígenas que deverão ser demarcadas no Mato Grosso do Sul. O processo de identificação destas áreas começou em 2007 e desde então vem sido repetidamente interrompido pelos conflitos políticos que o envolve . Enquanto isso repetidos atos de assassinatos contra grupos indígenas que aguardam pela identificação e demarcação destas áreas vem ocorrendo . A situação de insegurança e medo vivido pelas populações indígenas é insustentável. No ano passado A Survival Internacional publicou um importante relatório denunciando a situação das populações guarani no Estado de Mato Grosso do Sul . Fiquei chocada com o que aconteceu e sabia que não tinha como ficar quieta, não falar nada ou fingir que estava tudo bem. Sou professora na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul na unidade de Amambaí, no curso de ciências sociais. Fiquei pensando como daria aula aos estudantes indígenas naquele dia . Então, fui conversando com os alunos , um a um, e marcamos de nos reunirmos todos para conversarmos , até que eles decidiram por escreverem uma carta. A carta foi escrita por eles ficando sob minha responsabilidade a divulgação dela. Na carta, como vocês poderão ver , um aluno da história e morador da aldeia em Amambaí fala algo muito parecido com o que Marcos Homero Ferreira Lima, antropólogo do MPF de Dpurados diz para a Survival sobre um acampamento de beira de estrada localizados as margens da BR 163 no município de Dourados . Homero diz: Não se trata de hipérbole quando se fala em genocídio , pois, a série de eventos e ações perpetradas contra o grupo, como se objetivou demonstrar , desde o final da década de 1990, tem contribuído para submeter seus membros a condições tolhedoras da existência física, cultural e espiritual. Crianças, jovens, adultos e velhos se encontram submetidos a experiências degradantes que ferem diretamente a dignidade da pessoa humana. O modo de vida imposto aqueles Kaiowá é revelador de como os brancos vêem os índios . O preconceito, o descaso, o descuido, a não consideração dos direitos à terra , à vida, à dignidade são patentes. A situação por eles vivenciada é análoga aquela de um campo de refugiados. É como se fossem estrangeiros no próprio país. È como se os "brancos" estivessem em guerra com os índios e a estes últimos só restassem a fina faixa de terra que separa a cerca de uma fazenda e a beira de uma rodovia.
A crueldade do caso envolvendo o acampamento e a truculência dos assassinos não pode ser tratada como mais um caso de violência. Estamos vivendo uma guerra de fato, ma é uma guerra que só morrem pessoas de um lado.
Segue a carta dos estudantes Guarani e kaiowá dos cursos de ciências sociais e história . As inforamções contidas na carta foram recebidas por pessoas que estavam no acampamento na hora do massacre . peço, por gentileza que ajudem na divulgação para que possamos agregar mais gente na luta contra a violência contra os povos indígenas.

Por volta das 06 horas chegaram os pistoleiros. Os homens entraram em fila já chamando pelo Nísio . Eles falavam, segura o Nísio, segura o Nísio. Quando Nísio é visto recebe o primeiro tiro na garganta e com isso seu corpo começou tremer. Em seguida levou mais um tiro no peito e na perna. O neto pequeno de Nísio viu o avô no chão e correu para agarrar o avô. Com isto um pistoleiro veio e começou a bater no rosto de Nísio com a arma. Mais duas pessoas foram assassinadas. Alguns outros receberam tiros mas sobreviveram. Atiraram com balas de borracha também. As pessoas gritavam e corriam de um lado para outro tentando fugir e se esconder no mato. As pessoas se jagavam de um barranco que tem no acostamento. Um rapaz que foi atingido por um tiro de borracha se jogou no barranco e quebrou a perna. Ele não conseguiu fugir junto com os outros então tiveram que esconder ele embaixo de galhos de árvore para que ele não fosse morto.
Outro rapaz se escondeu em cima de uma árvore e foi ele que me ligou para contar o que tinha acontecido. Ele contou logo em seguida. Ele ligou chorando muito. Ele contou que chutaram o corpo de Nísio para ver se ele estava morto e ainda deram mais um tiro para garantir que a liderança estava morta. Ergueram o corpo dele e jogaram na caçamba da caminhonete levando o corpo dele embora.
Nós estamos aqui reunidos para pedir união e justiça neste momento.
Afinal, o que é o índio para a sociedade brasileira?
Vemos hoje os direitos humanos , a defesa do meio ambiente , dos animais. Mas e as populações indígenas como vem sendo tratadas?
As pessoas que fizeram isso conhecem as leis , sabem de direitos, sabem como deve ser feita a demarcação da terra indígena , sabem que isso é feito na justiça. Então porque eles fazem isso? Eles estão acima da lei?
O estado do Mato Grosso do Sul é um dos últimos estados do Brasil mas é o primeiro em violência contra os povos indígenas . É o estado que mais mata a população indígena. Parece que o nazismo está presente aqui. Parece que o Mato Grosso do Sul tornou-se um campo de fuzilamento dos povos indígenas. Prova disso é a execução do Nísio. Quando não matam assim matam por atropelamento. Nós podemos dizer que o estado, os políticos e a sociedade são cúmplices dessa violência quando eles não falam nada , quando não fazem nada para isso mudar. Os índios se tornaram os novos judeus.
E onde estão nossos direitos, os direitos humanos, a própria constituição? e nós estamos aí sujeito a essa violência. Os índios vivem com medo, medo de morrer. Mas isto não aquieta a luta pela demarcação das terras indígenas . Porque Ñandejara está do lado do bom e com certeza quem faz justiça final é ele. Se a justiça da terra não funcionar a justiça de deus vai funcionar.
Estudantes Guarani e Kaiowá dos cursos de ciências sociais e história e moradores da Aldeia de Amambaí.

Mais informações



domingo, 20 de novembro de 2011

FEIRA DO MEIO AMBIENTE NA FUNDACEN / 17/11/2011

A Feira do Meio Ambiente que aconteceu no dia 17 de novembro na FUNDACEN Ahttp://www.fundacen.com.br/ foi altamente produtiva. A turma do 1º ano do Curso Técnico em Meio Ambiente apresentou uma casinha feita com os tijolinhos que foram produzidos nas oficinas anteriores utilizando apenas os resíduos da http://www.f9.com.br/. Apresentaram também a captação da água da chuva, aquecedor solar e horta. Também foi apresentado um módulo do Programa ERA http://programaera.blogspot.com/, módulo que irá compor as paredes do espaço sustentável de 20m2 que será desenvolvido durante o ano de 2012.
Distribuiram várias mudas de plantas nativas também.
Explicaram como chegam nos tijolinhos preenchidos com resíduos não recicláveis.
A turma do 3º ano fez um Bazar Sustentável com música ao vivo e que funcionou muito bem e com perspectivas de acontecerem outros inclusive com serviços também.
Parabéns e um agradecimento a todos os alunos e professores e em especial a Cíntia Aparecida Viesenteiner Diretora de Ensino, a profªa Letícia que vem impulsionando o projeto a responsável pelos projetos sociais e ambientais da Fundacen , Silvana Rausis Fcachenco e ao Dr. Sinval pela equipe maravilhosa que tem. Também um agradecimento especial a nossa amiga e parceira a bióloga Ângela Feijó com seu Programa ERA http://programaera.blogspot.com/ e aF9 Identidade Visual http://www.f9.com.br/ pela doação dos resíduos de adesivos.

O planeta agradece!
















sábado, 12 de novembro de 2011

3º ENCONTRO CURSO TÉCNICO 1º M.A. NOTURNO FUNDACEN - 10/11/2011

Nosso 3º encontro foi o desafio de dar encaminhamento a uma estrutura utilizando os próprios adesivos. A estrutura será apresentada na Feira do Meio Ambiente na noite de 17 de novembro. A turma dividiu-se em 3 grupos, um para cortar os adesivos em tiras, outro para separar os tijolinhos preenchidos corretamente e prepará-los em grupo de 2 e 3 unidades e o terceiro grupo fazia os moldes de encaixe tipo lego com 12 e 13 tijolos cada.
O encontro também foi recheado de conversas sobre a importância da gestão do nosso próprio resíduo doméstico. Quando sabemos o que fazer com o nosso, é muito mais fácil indicar o que fazer com o do outro. Este exercício/lição de casa de trabalhar no sentido do resíduo zero precisa ser praticado, é importante, é fazendo que se aprende.Conversamos também sobre horta na vertical para que se possa haver um aproveitamento de espaços. Sobre não termos fórmulas prontas para as soluções dos problemas ambientais, precisamos pesquisar , compartilhar, socializar informações e principalmente experimentar novas possibilidades para encontrarmos as soluções.
Não podemos deixar de agradecer a grande colaboração da profª Letícia, da Diretora de Ensino / Cíntia Aparecida Viesenteiner e o convite da Coordenadora de Projetos Sociais da Fundacen Silvana Rausis Fcachenco para desenvolvermos um projeto na Fundacen.
Parabéns a toda turma que vem demonstrando um grande interesse no projeto.
Ficamos no aguardo das fotos finais do espaço.

O planeta agradece!

Instrutora: Maria Goreti Tuleski











PROGRAMA ABR E EXPRESSO AMBIENTAL NO COMUNIDADE ESCOLA- 06/11/2011

Dia 06 de novembro foi a vez do Cei Francisco klemtz no Programa Comunidade Escola. Desta vez o vídeo foi A HISTÓRIA DAS COISAS e depois também nos refrescamos com o suco de hortaliças. Um cartaz também foi preparado ao som de meditação o que inspirou alguns participantes.
Parabéns a todos que participaram!

O planeta agradece!

Instrutora: Maria Goreti Tuleski









Dia 06 de novembro foi a vez do Cei Francisco klemtz. Desta vez o vídeo foi A HISTÓRIA DAS COISAS e depois também nos refrescamos com o suco de hortaliças. Um cartaz também foi preparado ao som de meditação o que inspirou alguns participantes.
parabéns a todos que participaram!

O planeta agradece!

Instrutora: Maria Goreti Tuleski


PROGRAMA ABR E EXPRESSO AMBIENTAL NO COMUNIDADE ESCOLA 05/11/2011

Dia 05 de novembro o Programa ABR juntamente com o Expresso Ambiental compareceram no Programa Comunidade Escola na Escola Maria do Carmo Martins na Regional CIC.
Os alunos assistiram o video do Sid Sementinha da coletânea Circuito Tela Verde um projeto do Ministério da Cultura e Ministério do Meio Ambiente.
O video trouxe informações sobre a importância de darmos a destinação adequada aos resíduos que geramos, bem como o uso racional da água.
Também compartilhamos da experiência de provar um suco de hortaliças feito com couve, hortelã limão e açúcar. O dia estava super quente e o suco bem refrescante devido a hortelã, todos adoraram!
Na sequência fizemos uma prática de reaproveitamento de resíduos (adesivos e papeis) na confecção de um cartaz!
Obrigado a todos pela participação!!

O planeta agradece!
Instrutora: Maria Goreti Tuleski









2º ENCONTRO - CURSO TÉCNICO M.A. FUNDACEN - 26/10/20111

Dia 26 foi o nosso segundo encontro com o 1º Meio Ambiente da Fundacen.
Iniciamos com uma reflexão sobre o vídeo A HISTÓRIA DAS COISAS que eles assistiram no primeiro encontro.
Alguns alunos perceberam que estão visualizando mais resíduos do que antes, isto é, resíduos sem destinação adequada está chamando a atenção e incomodando de um modo geral.
Para este encontro temos informações sobre um pouco do cotidiano dos povos tradicionais da Amazônia, conhecendo assim também um pouco da vida do nosso querido amigo Tyryetê que teve entre tantas outras profissões também a de seringueiro além de ter sido um dos responsáveis pela criação das reservas extrativistas na Amazônia. Ele que também foi e é a alavanca para que hoje este trabalho seja uma realidade.
Exibimos o vídeo "Vida e Resistência na Reserva Extrativista Arapixi - Boca do Acre - Amazonas - Brasil " que faz parte da coletânea do Circuito Tela Verde - projeto do Ministério da Cultura e do Ministério do Meio Ambiente.
A Reserva Extrativista Arapixi, criada através de Decreto Presidencial sem número do dia 21 de junho de 2006, situa-se no município de Boca do Acre, Estado do Amazonas. Com uma área aproximada de 134 mil hectares, residem na região cerca de 150 famílias às margens do Rio Purús. Esta população tem em seu cotidiano um rico conhecimento da relação com a natureza, a esperança de que esse conhecimento seja o ponto de partida para o acesso aos seus direitos e muitas histórias pra contar...
No vídeo na voz do Seu Gerson O HINO DO SERINGUEIRO de autoria de JAIME DA SILVA ARAÚJO/TYRYETÊ KAXINAWÁ.
Depois do vídeo antes da prática um breve relaxamento com um pouco de alongamento sonorizado com sons de meditação. Na fazeção novos tijolinhos intercalado com a troca de ideías para um desafio no ano de 2012. Construir um espaço de 20m² onde além dos módulos do programa ERA http://programaera.blogspot.com/ as soluções serão encontradas em conjunto com todos, este é o desafio: inovar, compartilhar, pesquisar, experimentar e realizar.


Trabalhamos com dois grupos:

Grupo - Ambiente Sustentável -

André/Lucas/Robson/Edgar/Evelyn D.

Considerações do grupo:
Melhor aproveitamento dos materiais recicláveis e assim contribuindo para a sustentabilidade e contribuindo para o desenvolvimento do nosso planeta.

Grupo Eco Verde

Kely Matos/Vera Lúcia de Oliveira/Pricila Salgueiro/Adionéia Moraes/Miriane Miranda/Fernanda Furman?Evely Bueno
Considerações do grupo:
O trabalho trouxe uma maior consciência ecológica, mostrando novas formas de reutilizar os resíduos sem a necessidade de descartar na natureza.

Estamos também todos nos preparando para a Feira do Meio Ambiente que vai acontecer no dia 17 de novembro na Fundacen. Pra feira vamos preparar um pequeno protótipo de uma casinha feita com resíduos e apresentar as informações sobre o PROGRAMA ERA da nossa parceira a bióloga Ângela Feijó que desenvolveu os módulos de caixas de leite preenchidos com resíduos preferencialmente não recicláveis.
Parabéns a turma que se mostrou disposta a encarar o desafio!
O planeta agradece!

Instrutora: Maria Goreti Tuleski