E o passarinho Tyryetê vôou longe! Com um sorriso interno perceptível apenas nos que acreditavam nele com uma fé cega aos que tem direito de viver a ilusão, que sorria ao ver as faces incrédulas dos que escutavam as estórias de seus vôos para outras plagas, outros idiomas, outros climas.
Com o mesmo fascínio se transportava a escutar um companheiro joão-de-barro fazendo sua casinha no poste a frente do seu olhar. E tinha o bom dia ao bem-te-vi, a curruira, aos sabiás, ao tucano. Nada que perturbasse o respeito ao gavião e às corujas. Afinal, todos eram seus companheiros.
Passarinho vôou, pois fez como a fábula, de gota em gota até encher um balde, e que de balde em balde , ele quis fazer a parte dele , a de apagar o incêndio na floresta que o homem branco insistia em dizer para ele que era mais forte e que conseguiria destruir sua terra e sua gente. Com a aspiração de estar a frente da brigada, ele fez a pequena e importantíssima parte dele. Semeou, plantou, cultivou, e disseminou interesse de se fazer conhecer a sua gente indígena.
Vôou o passarinho com o jeito do seu velho pulmão triste, que tinha uma história de muitas estórias e "causos", mas que não conseguiu transportar para si mesmo a generosidade que sentia pelo irmão de raça , e também pelo irmão branco que tantas peças pregava em seus capítulos.
Mais um vôo passarinho! E nessa breve e rica estadia , deixou ensinamentos e atitudes que ficarão na memória dos que tiveram a honra e a alegria de compartilhar e escutar suas palavras , seu riso solto, seu comportamento ético por vezes tão ilógico para a cultura do homem branco . Mas passarinho não tem lógica , ele vive na necessidade de ajudar na polinização das flores, respira pela consciência de que algo tem que ser feito, pela visão de que é necessário praticar para aprender a voar.
Voa passarinho! Até um dia!
Com carinho
Maria Otávia D'Almeida
Querido e amado amigo Tyryetê
Aquele que ao conhecer fiquei tão encantada com sua história de vida, com seus sonhos e o seu amor pela natureza que não pude mais compreender a minha vida sem os seus ensinamentos para poder caminhar...
A saudade é algo que não consigo medir como também a alegria de ter conhecido alguém tão rico e que sequer gostava de dinheiro.
Vôe livre querido amigo, que seu espírito proteja as florestas do homem ganancioso e continuamos juntos, você me ensinou a ser uma guerreira e enquanto eu tiver fôrças o meu movimento será sempre o de levar o seu grito de amor pela natureza a todos os cantos deste lindo planeta azul que tanto amamos.
Da sempre amiga
Goreti
Para aquele que me ensinou sobre couves e manjericões, e que todo mundo é parente!
Tyryetê,
Que todos os deuses te carreguem
Com seu fino tato, te sosseguem
E em ternos olhares te projetem
Às esferas verdadeiras,
Às colheitas certeiras
Aos sabores dos fazeres,
Aos encontros, às trocas e presentes
Somos priviligiadas por carregarmos o amor que ele nos deu, pra sempre...
beijo
Miranda
Querida Goreti
Estamos muito tristes com a partida do Tyryetê. Com sua sabedoria e exemplo, ele nos deixou ensinamentos para nossa jornada na Terra. Sua lembrança fica conosco.
Com carinho
Liliane Sabbag
Gestora do Programa Comunidade Escola - PMC
Voa querido Tyryetê
Voa tranquilo, voa feliz, na certeza de que seu vôo será sempre lembrado, admirado, respeitado
Obrigada por nos alimentar, por semear, nesse tempo, nesse espaço
Obrigada por deixar sua beleza, garra, frutos, nessas pessoas tão lindas, especiais, comprometidas , "enraizadas" que podem alçar seus próprios vôos, daqui por diante
Voa...
Voa livre, liberto e sem destino, para poder embelezar outras esferas
Até um dia
Grata
Raquel
É perdemos uma grande pessoa nesse mundo, infelizmente...sinto muito, mas sinto também uma alegria no peito, de ter tido o privilégio de conhecê-lo, escutado algumas de suas histórias e lições de vida, que certamente faz a diferença.
Ele agora está em PAZ e confiante de que deixou o seu recado.
Ângela Ritzmann Feijó
Pardalzinho
O pardalzinho nasceu
Livre. Quebrraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão
A casa era uma prisão
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o ceús dos passarinhos!
Manuel Bandeira em 20.03.1943
Enviado pela Selma
Tyryetê
Nunca nasceu, nunca morreu
Apenas passou por aqui para deixar o seu amor
Indianara delicadamente chamada de princesa pelo Tyryetê
Lamento profundamente a partida do nosso querido Sr. Jaime que soube viver de forma coerente e correta seus sonhos e desafios. Sentiremos muito sua falta.
Abraços
Profa. Ana Luisa Sallas
Com muito pesar recebi a notícia do falecimento de nosso amigo Tyryetê. Contudo, nosso alento é a certeza de que o MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia) guarda por meio da posse de uma coleção de telas a memória de seu talento artístico, de sua sensibilidade social, política e humanitária.
Nossa homenagem e saudades ao amigo Tyryetê Kaxinawaá - Jaime da Silva Araújo
Márcia C. Rosato
Diretora do MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia)
Universidade Federal do Paraná
Querida Goreti!
Sempre ache que Deus nos presenteia, quando nos dá a permisâo de conviver, de trabalhar com pessoas iluminadas, quanto seu amigo Tyryetê, não o conhecia pessoalmente, mas, acompanhava a distância o trabalho nota 10 que ele executou no plano material. Tenha certeza que o plano espiritual está el festa com a chegada da linda alma. Que Deus eleve sempre o nível espiritual dele e que de lá ele continue ajudando-os.
Um forte abraço
Namaste
Antonio Mello
Que notícia triste, sei o quanto o Tyrytê era importante pra vocês como pessoa e para o projeto tão bonito que vocês fazem.
Que ele descanse em paz! e que voc~es tenham fôrça para superar um momento tão difícil como este! fiquem com Deus!
um abraço
Miriam
Notícia triste, mas como já sabemos, estamos aqui de passagem!
Tyryetê passou por aqui e deixou muitas marcas que ficarão para sempre !
Ele está em outro plano, quem sabe, como um passarinho, olhando e cuidando da floresta e de nós,
Lá de cima, bem do alto, onde poucos conseguem chegar!
um forte abraço
Clara de Fátima Favretto
Sesi Portão
Eu o conheci em 2005 em Piraquara, quando em minhas pedaladas solitárias pela Serra do Mar encontrei-o sentado em uma paz. O que me chamava a tenção por se integrar sublimente na paisagem e quando me aproximava sentia uma explosão de vida contida numa pessoa que não se conformava com o mundo moderno isolado da natureza.
Que Deus o tenha Tyryetê
Abraço a todos que compartilharam momentos desta pessoa querida
Cristina
Fiquei muito triste com a partida do Tyryetê, mas todos temos um caminho a trilhar e com certeza ele estará na constelação para nos iluminar.
Beijos
Rosane Henke
Para Maria Otávia!
Sou grato por você ter feito parte da história de meu pai, você é muito importante para mim, pois de algum modo se tornou minha irmã. Você não tem idéia de quão grato sou por haveres me proporcionado a oportunidade de estar com meu pai ainda que por um instante antes dele nos deixar ,OBRIGADO, um beijo no coração!
Dou-te um abraço de agradecimento por teres sido um dos tijolos que construiram a vida dele neste planeta, pois ele privou a mim e a seus irmãos de sua presença pelo amor e luta de seus ideiais. Meu amor e admiração por ele é eterno e, peço a DEUS que em nosso próximo encontro, nossa família permaneça eterniadade afora. Garanto que a dor de sua perda ecoará pelos quatro cantos do mundo. E o vácuo que sua ausência deixou em mim é impossível de se medir. Pai...até breve : logo estaremos juntos, no paraíso. Beijos nostálgicos do seu filho. Meu coração ainda chora.
Samuel G. Araujo
Fortaleza
